Maracajaú
As terras que deram origem a Maracajaú já eram habitadas por indígenas quando a viúva do tenente João Remígio da Silveira, Ana Teresa de Jesus, pede, no ano de 1808, uma sesmaria para fazer currais para peixe. A senhora alegava que as terras não eram boas para a agricultura por serem morros. A posse foi concedida no dia 7 de junho de 1808, segundo Câmara Cascudo.
Maracajaú é mais conhecida pelos Parrachos, que são uma formação de recifes de corais que abrangem uma área de aproximadamente 13 quilômetros quadrados. Foi a partir da década de 1990 que o empresário César Sales construiu um empreendimento para explorar turisticamente os Parrachos, a Maracajaú Diver. Depois dele, outros empresários surgiram e consolidaram o turismo em Maracajaú, que com o passar do tempo se tornaria a principal fonte de renda da comunidade em lugar da pesca. O Ma-Noa Park foi o maior empreendimento dedicado à exploração turística dos Parrachos, mas entrou em crise com a pandemia da Covid-19 e foi fechado no ano de 2020.
Maracajaú possui em seu território de abrangência outros potenciais turísticos além da visitação aos recifes de corais. Existe uma vastidão de dunas móveis que são usadas para os passeios de quadriciclo, bugre e veículos com tração 4x4; há também muitas lagoas naturais e o riacho temporário. O lugar detém ainda um amplo território de mata nativa com grande diversidade ecológica para a prática de trilhas. No ano de 2022 foi lançado o livro História de Maracajaú, do autor Álvaro Helton, que detalha aspectos histórico- geográficos do lugar.